Costumamos ouvir que os pais são os primeiros catequistas dos filhos. De fato, é a vivência familiar que proporciona a primeira experiência de Deus. São os pais que transmitem à criança as primeiras noções sobre a vida e o mistério de Deus a partir do amor, do afeto e da fé que testemunham. No entanto, quando a criança chega à idade de frequentar a catequese muitas famílias acabam outorgando essa tarefa exclusivamente ao catequista. A catequese familiar fica esquecida.
Diante dessa realidade a Igreja sente a necessidade e a urgência de despertar a família para uma união entre a catequese familiar e a catequese paroquial, envolvendo a família em todo o processo catequético da criança.
Como envolver os pais com a catequese?
O principal motivo que acaba afastando a família do processo de catequização das crianças é a rotina agitada a que muitos se submetem. Deixar a tarefa de catequisar para o catequista tornou-se cômodo para os pais. No entanto, a família precisa recordar-se que ela é o “berço da fé”.
Algumas paróquias agendam reuniões a fim de aproximar a família da catequese. No entanto, essa estratégia acaba sendo muito maçante para os pais que já costumam participar de reuniões na escola, reuniões no trabalho, etc. O resultado acaba não sendo bom para os pais e nem para os catequistas, pois poucas famílias acabam participando. É urgente, portanto, adotar um novo processo.
Uma boa alternativa pode ser encontrada a partir da utilização das artes, da literatura, das mídias sociais, da tecnologia. É a novidade que desperta o interesse! Mas, de que maneira o catequista pode aproveitar disso tudo? Veja como não é tão difícil:
- Peças teatrais: monte uma pequena encenação bíblica, ou com alguma temática evangelizadora, para apresentar às famílias. Esse tipo de atividade costuma motivar a participação dos pais que querem apreciar o “trabalho” do filho.
- Literatura: convide os pais para uma roda de leituras. Escolha um ou dois capítulos de um livro que possa proporcionar uma reflexão catequética. Disponha os pais e os alunos numa roda onde cada um faz a leitura de um trecho do texto. Antes de passar a leitura para o próximo da roda, faça discussões e reflexões sobre o que foi lido. Essa dinâmica envolve a todos, pois cada um pode dar sua opinião em algum momento.
- Mídias sociais: passe para os catequizandos a tarefa de pesquisar com os pais sobre a vida do santo de sua devoção. E, a partir dessa pequisa, que a criança escreva um pequeno texto contando os principais episódios da vida do santo, e além disso explicando por que o pai ou a mãe têm amizade por esse santo e as graças que obtiveram com a intercessão dele.
- Tecnologia: peça para a criança gravar um vídeo com o celular entrevistando uma pessoa da família sobre um determinado assunto. Por exemplo: Como você percebe o amor de Deus? Ou, então: Como ser fiel a Deus e a Igreja? Enfim, há uma infinidade de temas que podem ser trabalhados. De posse de todos os vídeos, o catequista pode marcar um dia para que todos, alunos e familiares, possam assistir aos vídeos e conversarem depois sobre as respostas.
Com a participação ativa dos pais na catequese ressurge a catequese familiar, pois, envolvidos na catequese paroquial, as famílias tornam a contribuir para o desenvolvimento da fé dos seus filhos. A aproximação do catequista com as famílias também se faz importante nesse processo. Visitar as famílias quando passam por um momento difícil ou apenas por se fazer presente em suas vidas demostra que não somente o catequista, mas também a Igreja, se importa e valoriza as famílias.
Valeu muito a pena ter lido sua matéria, pois me fez compreender claramente que encontrei o que procurava. Faço minhas pesquisas em varios sites sobre isso, porém aqui fui cativado. Gratidão!